Deixando-se de lado a “rivalidade” futebolística entre Brasil e Argentina, Buenos Aires possui muitos encantos e o da carne, a grande vedete da gastronomia argentina, é um deles.
A Argentina é o principal produtor de Carne Premium do planeta, é o segundo maior consumidor de carne bovina do mundo: são 55 kg (por pessoa) por ano, perdendo apenas para os Uruguaios (60 kg/ano), porém bem acima dos brasileiros (36 kg/ano).
Numa viagem à capital argentina, descobrir os sabores da Parrilla é tarefa fácil
A carne argentina tem padrão de excelência na qualidade, no preparo e uma relação custo-benefício às vezes inacreditável.
O gado argentino é criado em pastos planos, quase sempre em confinamento, e provém do cruzamento de raças europeias. O resultado é uma carne mais suculenta e marmorizada (tem mais gordura entremeada e isso se reflete no sabor e na maciez).
Em um restaurante argentino, a carne pode chegar à mesa mais crua do que nós estamos habituados. Por exemplo, se pedir ao ponto, você poderá se deparar com uma peça mais malpassada, geralmente selada por fora e quase crua por dentro.
Guarde essas palavras: jugosa (malpassada), a punto (ao ponto) ou cocida (bem passada).
Para nós brasileiros, a carne pode até parecer com pouco sal, já que os argentinos dispensam o sal grosso no tempero. Normalmente, corrigimos isso à mesa.
A nossa Picanha na Argentina, se chama Tapa de Cuadril, mas não se preocupe, na maioria dos restaurantes, os garçons conhecem o gosto dos brasileiros e sabem, dizer qual é o corte correspondente na Argentina.
A título de curiosidade, alguns cortes muito conhecidos dos brasileiros são assim chamados na Argentina:
Picanha = Tapa de Cuadril
Contra Filé = Na Argentina esta peça é dividida em três partes: Bife de Chorizo (lado menor), Bife Ancho (lado maior) e Ojo de Bife (meio) que na França é chamado Entrecote.
Filé Mignon = Lomo
Maminha = Colita
Fraldinha = Vacio ou Bife de Vacio
Bom apetite.